O esôfago é um órgão do sistema digestivo que leva o alimento da boca até o estômago. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, para cada ano do triênio 2020-2022, são esperados 11.390 novos casos de câncer de esôfago no Brasil, dos quais 8.690 em homens e 2.700 em mulheres.
Fatores de risco
O câncer que começa nas glândulas do esôfago é chamado de adenocarcinoma e relaciona-se com a obesidade, doença do refluxo e ao esôfago de Barrett, quando o revestimento do órgão é afetado. Já o carcinoma de células escamosas está associado ao hábito de fumar e consumir álcool.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas iniciais do câncer de esôfago são discretos e, por isso, o diagnóstico é feito em fases mais avançadas da doença. Neste cenário, o paciente poderá apresentar dor e dificuldade para engolir, emagrecimento e sangramentos. Além da consulta com o médico especialista, na presença destes sintomas é recomendado realizar uma endoscopia digestiva alta, exame que investiga o interior do tubo digestivo e que permite a realização de biópsias para confirmação do diagnóstico. Vale ressaltar que a detecção precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento.
Tratamento
O tratamento é composto por cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinada, de acordo com estágio da doença, idade e condições clínicas do paciente. Em fase inicial, o tumor pode ser tratado por ressecção local durante a endoscopia, sem necessidade de procedimento cirúrgico. Nesse caso, o tecido suspeito é removido com instrumentos inseridos através do endoscópio. Os procedimentos são realizados por equipe multidisciplinar (composta por médicos e outros profissionais de saúde) que atuam conjuntamente visando oferecer tratamento de excelência.
Prevenção
Não fumar e não se expor ao tabagismo passivo (inalação de fumaça de derivados do tabaco, por indivíduos não fumantes, que convivem com fumantes em diferentes ambientes, respirando as mesmas substâncias tóxicas que o fumante inala) são fatores de prevenção ao câncer de esôfago, assim como evitar consumo de bebidas alcoólicas e de embutidos e manter uma dieta rica em frutas, verduras e legumes. Também é recomendada a realização de endoscopia digestiva alta, para visualizar o tubo digestivo superior, a depender dos sintomas, idade e fatores de risco.
Serviço
O Hospital Amaral Carvalho (HAC) é referência no tratamento oncológico. A Instituição atende anualmente, em média, 70 mil pacientes de todos os estados do País. Primeiro serviço hospitalar do interior paulista especializado em câncer, a Instituição realiza mais de um milhão de procedimentos como radioterapia e quimioterapia, 322 mil atendimentos e 17 mil cirurgias. Oferece ainda apoio social aos pacientes e acompanhantes, com mais de 60 mil diárias de hotelaria e 300 mil refeições gratuitamente em suas três casas de apoio.