Conhecido também como câncer gástrico, o câncer de estômago se desenvolve, na maioria das vezes, lentamente e tem como fatores de riscos causas adquiridas (ambientais) e genéticas (relacionada ao hospedeiro). Dentre os tipos de câncer de estômago, o mais frequente é o adenocarcinoma, sendo acompanhado por outros tipos mais raros como o linfoma, tumor estromal gastrointestinal (GIST), tumor carcinoide e outros. Segundo dados do INCA, estimam-se 20.230 novos casos para cada ano do triênio 2020-2022, sendo o câncer gástrico o quarto tumor maligno com maior incidência, excluindo-se o câncer de pele não melanoma.
Fatores e risco
Os fatores de riscos adquiridos ou ambientais estão relacionados ao excesso de peso, obesidade, alimentação rica em sal, ou alimentos conservados em nitrato e dieta pobre em vegetais e fibras integrais, bem como o tabagismo e o consumo excessivo de bebida alcoólica. Já os fatores genéticos (relacionados ao hospedeiro), como a anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) chegam aumentar o risco da doença em até 11 vezes. A exposição à radiação, produtos químicos e agrotóxicos, cirurgias prévias no estômago com exposição de bile na mucosa gástrica também estão ligados ao surgimento da doença, além do parentesco de primeiro grau com indivíduo portador do câncer de estômago.
Sintomas
Em estágio inicial, raramente provoca sintomas, dificultando assim o diagnóstico precoce. Mas, alguns sintomas podem indicar a existência da doença como a perda de peso sem motivo aparente, fadiga, sensação do estômago cheio, vômitos e náuseas. Já a presença de nódulos ou caroços próximos ao pescoço, ou ao redor do umbigo, indica estágio avançado da doença. Porém, alguns desses sintomas também estão relacionados com outros tipos de patologias do sistema digestivo e, devido a isso, esses sinais não indicam a existem do câncer. É necessária uma avaliação com o especialista para que seja realizado o diagnóstico.
Diagnóstico
A detecção precoce pode ser feita com a suspeita de alterações de exames clínicos realizados em avaliações médicas. O diagnóstico é realizado por meio da endoscopia digestiva alta e biópsia da área suspeita no estômago durante o exame. Uma vez confirmado o resultado de câncer, o paciente é submetido a exames de estadiamento, como tomografia computadorizada do tórax e do abdome e exames de sangue, para determinar a extensão do tumor bem como a presença de metástases.
Tratamento
O tratamento do câncer de estômago varia de acordo com o estágio da doença. Quando em estágio inicial, pode ser tratada com a retirada do tumor por meio de uma micro-cirurgia realizada durante a endoscopia. Já nos casos de doença localmente avançada sem evidência de metástases e sem prejuízo da ingesta alimentar, o paciente é encaminhado para sessões de quimioterapia antes da cirurgia (neoadjuvância) afim de prevenir a disseminação de metástases através da via sanguínea. Na maioria das vezes, depois de quatro sessões de quimioterapia, o paciente retorna ao cirurgião para ser novamente avaliado com exames de estadiamento e na ausência de metástases, é indicada a cirurgia para a retirada de parte ou da totalidade do estômago. Depois de recuperado, o paciente faz novo tratamento quimioterápico (adjuvância) para evitar o retorno da doença. Nos casos de doença avançada, sem possibilidade da retirada do tumor (irressecável) ou de doença disseminada (metástases), é indicado o tratamento com quimioterapia exclusiva. Alguns paciente muito debilitados que não suportam a quimioterapia são encaminhados ao tratamento paliativo para alívio dos sintomas e capacitação da família para o amparo do paciente.
Prevenção
A prevenção do câncer gástrico se dá com uma dieta rica em vegetais e fibras integrais, evitando o excesso de sal e cultivando um estilo de vida saudável para combater a obesidade, bem como abandono do consumo de álcool e cigarro. No caso de detecção do H Pylori no exame de endoscopia digestiva, é necessário o tratamento da bactéria. Já no caso de outros fatores genéticos de risco, é obrigatória a avaliação com médico especialista periódica.
Serviço
Referência no tratamento oncológico, o Hospital Amaral Carvalho (HAC) atende anualmente, em média, 70 mil pacientes de todos os estados do País. Pioneiro no serviço hospitalar do interior paulista, com especialização em câncer, a Instituição realiza mais de um milhão de procedimentos como quimioterapia e radioterapia e cerca de 17 mil cirurgias. Além disso, mais de 60 mil diárias em hotelaria e 300 mil refeições são oferecidas como apoio social para seus pacientes e acompanhantes, em suas três casas de apoio.